segunda-feira, 2 de maio de 2011



Antes de começar o post, gostaria de me desculpar pela ausência no blog, pela correria do dia-dia e até admito que uma certa preguiça, acabei deixando um pouco de lado. Aproveito esse ínicio do ano novo pagão para dar continuidade a esse projeto que espero possa durar por muito tempo. To um pouquinho atrasada na data, mas fica a mensagem para esse novo período que se inicia.

SAMHAIN – Tempo de celebrar um novo ciclo e nossos ancestrais
(31 de Outubro – H.Norte/ 30 Abril – H Sul)

É quando o Deus Cornudo se sacrifica para se tornar a semente do próprio renascimento em Yule. A data marca o fim do calendário Celta.
Porém não é um momento de tristeza, pois a roda do ano continua a girar e em breve o Deus renascerá.
Assim como na nossa vida , é um momento de reflexão, deixar “morrer” tudo aquilo que não queremos mais em nossa vida, e fazer renovar e nascer junto com novo ano, desejos, sonhos e objetivos.

Segue um pequeno texto autoral ,que conta um pouco algumas experiências dessa data realmente mágica.

Samhain chegou e com isso nos lembramos de celebrar nossos ancestrais, ou pelo menos deveríamos. Para mim é uma data no mínimo curiosa, ainda estou aprendendo a lidar, afinal a visão pagã de vida e morte, renascimento, ancestralidade é muito diferente da visão cristã da qual me mantive por muitos anos.
Lembro o primeiro Samhain (Maio de 2003) fui no parque do Ibirapuera, era feito uma conexão com aqueles que já se foram, nós levávamos uma foto da pessoa, na época era só meu avô materno, não foi uma grande conexão, até porque não tinha total noção do que significava aquele momento, teve uma energia boa, mais saudosista diante da foto do que propriamente conectiva. Os anos foram passando e outros parentes foram sendo celebrados e mais consciência eu também ia tomando.
Em Samhain de 2006, foi um ritual muito mais intenso, sempre me lembro da frase que foi dita que me vez refletir muito, “Se você não sabe da onde você veio você não sabe para onde vai”, e o quanto era importante celebrarmos nossos ancestrais e valorizarmos nossas raízes, na hora da meditação foi uma conexão muito forte, na época já estava no pais do verão, meus avós paternos e maternos, chorei muito, foi uma energia que nunca tinha sentido antes. Desse ritual em diante minha consciente sobre ancestrais e Sawhain mudou bastante, porém não tanto quanto nos últimos tempos.
Desde que minha avó partiu (foi à última dos meus avôs) que tenho me atentado mais a essa questão, foi como se o último pilar dos quatro que sustentavam toda a base familiar tivesse caído, e agora fosse preciso formar um novo começo, uma nova família, já que aquele que conhecia desde criança, foi se distanciando com tempo.
Utimamente tenho buscado mais sobre ancestralidade, bruxaria italiana, informações que possam contribuir para saber da onde realmente vem a minha origem. Até porque sou a única na família que estuda a arte e os ensinamentos dos antigos.
No meio dessas buscas descobri que a ancestralidade ao contrário do que eu pensava, não se limita só a sanguínea mas também a espiritual e a local. Diante desse fato, a grande dúvida que eu tinha porque e como posso ser bruxa se ninguém na minha família é, (pelo menos até as gerações que tenho conhecimento) acredito que os ancestrais espirituais e a Deusa me guiaram até o caminho que sigo hoje e cada descoberta que faço, eles se fazem mais presente.

Que Samhain seja de fato o começo de um novo ano, de um novo período, mas só o primeiro de uma roda toda da qual nos lembraremos realmente da onde viemos, para saber quem somo hoje e para onde iremos, com aqueles que já se fizeram presentes e ainda se fazem presentes muito antes da nossa existência.

Bençãos dos Antigos )O(